segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Sandra na Terceira

Nas duas semanas que se seguiram à última expedição a Santa Maria, estive na Terceira, e acompanhado pela minha Sandra, que me veio visitar. Dadas as contingências do trabalho, tive que a levar comigo para o trabalho de campo a realizar na Terceira, e acabou assim por ver alguma da vegetação nativa, uma vertente do turismo (biológico), que muitos turistas normalmente ignoram. Infelizmente, apanhámos alguns dias de maus tempo, e portanto tivemos muitas vezes que improvisar alguns planos pouco movimentados, mas ainda tivemos um tempo para ir visitar o Algar do Carvão, a Serra de Santa Bárbara, o Monte Brasil e a Praia da Vitória, entre outros recantos.

Pelo meio, algumas caches feitas; numa das do Monte Brasil até conseguimos provocar uma dança num salticideo do género Macaroeris, já que a Sandra tinha um espelho. O trabalho de campo aconteceu na Terra Brava, numa encosta repleta das árvores típicas, como o Juniperus brevifolia, o Laurus azorica, Ilex perado spp. azorica.

Para variar, nesta zona as árvores são grandes os suficientes para termos que trepar até às suas copas, e foi uma tarde bem passada, juntamente com o François Rigal, a recolher pitfalls e a fazer batimentos. No final deste dia, tivemos o episódio mais caricato da estadia da Sandra: como estávamos a usar o carro da Dra. Rosalina Gabriel, que é da idade da pedra (tem líquenes e tudo), e portanto não tem indicador luminoso ou sonoro das luzes estarem acesas, deixámos as luzes acesas quando saímos para ir fazer o trabalho de campo. Ora, certo está que quando voltámos ao carro, puff! Nem tossia, a ignição… Depois de alguns telefonemas com o Pardal, em situação limite de rede, lá conseguimos arranjar alguém para nos ir buscar porque já eram 8 da noite e qualquer opção de ressuscitação da bateria estava de parte. No dia seguinte, lá fui ressuscitar o Opel, com a preciosa ajuda do Chico de São Jorge (como o conheço), e estávamos prontos para outra!

Nesse dia fomos então procurar novas aventuras, e ir fazer batimentos na Lagoínha da Serreta. A perspectiva de novas aventuras não saiu defraudada, já que para dar com o sítio foi tramado, e o mega-bólide precisava de algum carinho, pelo que não foi nada fácil chegar lá, mas chegámos! O tempo não esteve perfeito dado o nevoeiro, mas sempre deu para a Sandra conhecer a vertente nebulosa do tempo imprevisível açoreano.

No fim-de-semana, tivemos a oportunidade de ir até à Serra de Santa Bárbara, desta vez sem ser em trabalho. Foi uma bela passeata! Novamente o tempo não esteve perfeito, mas não se pode dizer que esteve mau porque não choveu, apenas algum nevoeiro.

Estas duas semanas foram, por razões óbvias, espectaculares! :)

No dia 30, lá tive que ir para nova expedição, desta feita ao Faial.

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